Se não tivesses pele, como sentirias meu toque..
Se não tivesses uma alma que sabe e sente como eu, como te arrepiarias ao me escutar.
Na essência, tudo o que eu sou, tu és também.
A era do dogma terminou, que comece a era do Ser, uns pelos outros, pelo exemplo inspirado num coração curado.
Juntos
Desde muito novos aprendemos o dialecto do país onde vivemos, no entanto, não aprendemos a falar..
Tal como escutar, falar é uma arte que por vezes uma só vida não chega para obter perícia suficiente de forma a expressar o que sentimos.
Falar não se trata de juntar palavras formando frases que sejam entendidas por quem nos escuta, é muito mais um acto de transpirar emoções e sentimentos de forma a conectarmos com quem falamos, em vez de apenas sermos compreendidos.
Quando alguém faz o seu melhor por passar para palavras o que sente, o melhor que podemos fazer é escutar, muitas vezes em silêncio, porque melhor do que saber o que responder, é saber ficar sem nada dizer, transmitindo amor a cada momento presente, em cada exalação sentida, bem além do ar que de nós sai.
Saibamos sempre recordar que somos energia, uma fonte e forma de comunicação que não se restringe aos sentidos humanos da realidade física em que vivemos.
Numa harmonia que transcende o espaço e o tempo onde acontece, falar e escutar empaticamente é um acto de rendição acima de tudo mais.
Escutar sem julgamento e falar sem acusação é um acto de amor por si próprio, que se expressa por completo sempre que dois ou mais corações ressoam em uníssono.