O inconveniente em basearmos nossa identificação com o que fazemos, é deixarmos de ser quem somos, e passarmos a ser.. o que fazemos.
Quando nos perguntam pela profissão, procuram muitas vezes encaixar-nos num de vários moldes pré-estabelecidos que estipulam como contribuímos com a sociedade..
E se o que fazemos não se enquadrar nesses moldes?
Não contribuímos, ou simplesmente não cabemos numa “caixa etiquetada”?
Devemos seguir com paixão os nossos sonhos de hoje, mas devemos igualmente permitir que estes sonhos se alterem no futuro, sem o constrangimento da ancoragem do Ser ao fazer.
É preciso coragem, não para permanecer estático a fazer ou viver algo que já não nos preenche, mas para assumir que tal como cada respiração nos transforma, também o que fazemos cresce e amadurece a cada inspiração nossa, para que apenas expire, o que já não nos alimenta.